segunda-feira, fevereiro 18, 2008

A Floresta


Não, não me enganei no blogue. É mesmo a propósito do jogo de ontem com o Estrela. Estive lá, como sempre, e não assobiei, como é mais do que óbvio - afinal sou adepto, não me passa pela cabeça assobiar os atletas do meu clube, sobretudo quando ainda nem sequer tocaram na bola. Mas lamentei e lamento ter estado lá. Estava um frio impossível, molhei-me para chegar ao estádio, e o jogo foi uma vergonha. Ainda por cima, vim directamente de "A Floresta", pela Cornucópia. É assim como beber um bom "vintage" e a seguir ferir os lábios numa qualquer zurrapa mais própria dos bifes do que do copo. É mau. É horrível. Eu devia ter previsto. Depois da divertida floresta do Ostróvski, a deprimente floresta do Paulo Bento (que tem todo o meu apoio, não me interpretem mal).

Ainda por cima não é a primeira vez que me acontece este ano. Não é a primeira vez que, depois de uma tarde de êxtase na Cornucópia a ver Ibsen, Tchékhov ou, como ontem, Ostróvski, saio de lá directamente para Alvalade, e sou presenteado com um espectáculo deprimente e depressivo. Aliás, o meu psicólogo já me proibiu de ir a mais jogos em Alvalade este ano, pois considera contraproducente no tratamento da minha depressão crónica.

Mas como canis timidus uehementius latrat quam mordet (*), lá estarei para ver os lampiões. Pessimista, porque o Sporting este ano já mostrou que só joga alguma coisa contra equipas grandes. E como o Porto e o Belenenses já jogaram em Alvalade...


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(*) Tradução, pelamordedeus, há alguém neste mundo que não saiba latim?! Se há, não merecia estar a ler isto, é uma afronta!

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