terça-feira, agosto 28, 2007

Azares

O Sporting não perdeu por causa do árbitro nem por causa do Stojkovic, que se limitou a apanhar uma bola que de facto parecia ter tocado em último lugar num morcão. O árbitro marcou falta, como dizem as leis do jogo. Ponto final. O Sporting perdeu porque teve algum azar, mas sobretudo porque não fez muito por ganhar a uma equipa claramente inferior. A vantagem destes jogos grandes no início do campeonato, no entanto, é precisamente surgirem numa altura em que uma derrota pouco significa ainda. E isto é válido, obviamente, para a segunda volta. Venham agora os lampiões, e um bocadinho mais de sorte.

domingo, agosto 26, 2007

Diferenças


Depois de o Lampião Camacho ter lançado juniores (é assim que se escreve, sem acento) na equipa, ontem, não faltará quem comece a dizer que o benfica afinal também tem formação de qualidade. O problema é que, enquanto os benfica lança Joões Coimbras e Joões Pereiras o Sporting lança Nanis (que ainda hoje marcou pelo Manchester), Ronaldos, Velosos, Moutinhos, etc. É a diferença entre lançar jovens à falta de melhor e lançar jovens como política assumida e organizada de base.

domingo, agosto 19, 2007

Deixem o homem em paz

Ouvi o Rui Santos na SIC a defender a saída do Fernando Santos do Benfica. Porquê? Deixem lá o homem em paz. Por mim pode ficar mais meia dúzia de épocas.

sábado, agosto 18, 2007

Primeiro

Sporting 4 - 1 Académica

Bom jogo, bom ritmo, muita garra, deu gosto ver a equipa jogar! É verdade que ao adversário era fracote, mas o Sporting apresentou-se em muito bom nível, e o resultado podia ter sido mais dilatado, não fosse o desacerto de Liedson. É para continuar para a semana! Uma nota final para o Tonel, que fez o gosto ao pé, e que parece sobretudo ter feito um grande e chegado amigo no Derlei, a julgar pela foto.

quinta-feira, agosto 16, 2007

Cantinho da cultura - "motu proprio", "pari passu".

Leio hoje na edição em papel do Record a coluna do Rui Santos, na última página. Às tantas o distinto colunista usa a expressão "moto próprio". Pois é. O problema é que o Rui Santos não sabe latim. Também é verdade que não é obrigado a saber - embora não lhe fizesse mal nenhum. Se não, saberia que não se trata de uma expressão portuguesa, mas sim latina: "motu proprio". Quer dizer, literalmente, "com o seu próprio movimento". Isto é, por sua iniciativa.

Esta ainda passa, mas é o nefando "par e passo" é que me deixa arrepiado. Mas isto quer dizer alguma coisa, "par e passo"? O par e o passo? Foram passear ao jardim? Não. Trata-se da expressão latina "pari passu", que significa, literalmente, "com um passo/ritmo igual".

É que ninguém é obrigado a saber latim, como é evidente - mas mais verdade é que se o soubessem não lhes fazia mal nenhum. Pelo contrário.

Só mais uma vez

terça-feira, agosto 14, 2007

I am Goofy little helper

Eu ia fazer uma graçola com esta fotografia do Lampião Nélson que saiu hoje na edição online do Record. Mas depois achei que ela fala por si, que não precisa de mais comentários.

segunda-feira, agosto 13, 2007

Será desta?

A ida de Beckham para os EUA trouxe ao "soccer" uma visibilidade inédita na sua história. De facto, eu pelo menos não tenho memória de ver tantas notícias sobre a Major League Soccer na televisão e jornais. Será desta que o "soccer" se afirma finalmente no panorama internacional, nem que seja mediaticamente? Porque no plano nacional não parece ter grandes problemas, com os estádios cheios, como se pode ver nas imagens televisivas. Algo que não acontece em países com tradições futebolísticas, como o nosso.

sábado, agosto 11, 2007

Supertaça - e aqui vai o primeiro da época!

Sporting 1 - 0 FCP
O senhor Jesualdo hoje não vai lavar os dentes... Quanto ao Sporting, começa bem a época, com uma belíssima e justíssima vitória sobre os morcões. Viva o Sporting!


sexta-feira, agosto 10, 2007

O cão que mordeu o homem

A Bola diz que o Scolari vai convocar o Postiga. Sim. E? Onde está a notícia? Não é preciso ser vidente para saber que o Postiga tem convocatória garantida enquanto o Scolari for seleccionador. Em forma ou não, lesionado ou não, será sempre convocado.

terça-feira, agosto 07, 2007

I love you too honey


Segundo A Bola, David Beckham vai contracenar com Robbie Williams na série Desperate Housewives / Donas de casa desesperadas. Não é novidade para ninguém que Beckham foi para os EUA não tanto com a intenção de jogar à bola como de seguir uma carreira artística. O que ele não podia ter previsto é que lhe iam dar um papel tão adequado, na estreia: ele e Robbie desempenharão o papel de um casal gay. Não vai, portanto, ser preciso pedir muito aos rapazes. Beckham já passou pela fase de pintar as unhas dos pés, dando como desculpa ter uma unha negra, e passa mais tempo a arranjar o cabelo e colocar os acessórios do que uma adolescente de 15 anos. Portanto, nada de novo. Não terá dificuldade em desempenhar o papel. Já Robbie Williams, que recentemente afirmou que para ele o amor não tem sexo e que admitiria amar um homem (estratagema velho como a Sé de Braga usado pelos gays com vergonha de se assumirem ou que são sem o saberem), nem precisa de estudar o papel. Está-lhe no sangue. Felicidades aos dois. De qualquer maneira só se estraga uma casa. E, Victoria, filha, cuida-te que cheira-me que isto vai dar molho. No pun intended.

segunda-feira, agosto 06, 2007

Eu vi!

Perdemos mas gostei... Izmailov é craque, Derlei está mais leve e Stojkovic promete fazer esquecer o nome daquele guarda-redes que se mudou para o Bétis e que já não sei como se chama.
O Sporting está mais forte que na época passada e jogou melhor que o Benfica neste jogo apesar da derrota. O Benfica resumiu-se a duas ou três boas jogadas de ataque e aproveitou a nossa habitual falta de simplicidade à entrada da área. Fiquei triste com a derrota mas depois fui ao site do Record, olhei para a tabela classificativa desta época e continua tudo com zero pontos.
Era só para lembrar este pormenor...

Não vi

Não vi o jogo, estava a acabar um conto de Jorge Luis Borges (fica sempre bem uma boca intelectual), mas tenho a certeza de que o Sporting não mereceu perder, de que os lampiões jogaram mal e foram ajudados pelo árbitro, de que o golo foi ilegal e de que, em resumo, foi tudo uma grande injustiça.

sábado, agosto 04, 2007

Isso faz-se?

Então e isso faz-se ao rapaz? Não lhe basta ter sido criado em circunstâncias tão difíceis? Será que o senhor Michael Johnson sabe o que é ser filho de imigrantes africanos num país como os EUA? Não tem um pingo de vergonha na cara? Que mal é que o rapaz lhe fez? Acha que é assim que se resolvem as coisas? Dá-se assim um empurrão e pronto, toma lá que é para aprenderes? Não lhe deram educação em casa, senhor Michael? É ao empurrão? E logo para o benfica?!

sexta-feira, agosto 03, 2007

Revelaquê?

Eu não sou propriamente um génio linguístico, nem sei muitas línguas, só 8, o que é pouco para a minha idade. É certo que, além do Português que falo há três décadas, desenrasco-me no Inglês, que aprendi durante 8 anos, no Francês, que aprendi outros tantos anos, no Espanhol, que aprendi 1 ano e treino ao ler histericamente Borges, Casares, Cortázar, Cervantes e outros que tais, no Latim, que estudo há mais de 20 anos, no Grego clássico, que aprendi durante 6 anos, no Grego moderno, de que tenho noções vagas, no Esperanto, que tive a desdita de aprender durante alguns meses (a sério, não há pachorra), e no Árabe, que ando a aprender entusiasmado há quase 1 ano. É verdade, não é muito, e o meu objectivo é aprender pelo menos o dobro, nos próximos anos. Para o ano, além de aperfeiçoar o árabe, انشاء الله , quero aprender russo. Se assim for, talvez descubra onde raio foram os responsáveis pelo marketing do Sporting desencantar a "Revelatione" com que baptizaram a apresentação do novo equipamento.

Eu bem espremi as meninges, tentanto descobrir que raio de língua será aquela. Português não é, pacificamente. Espanhol nem pensar. Francês, pas du tout. Inglês, népias. Árabe, lâ (não). Grego clássico, népias. Grego moderno, ochi (não). Latim, non. Esperanto, não senhor. Então? Confesso que a princípio me passou pela cabeça que os senhores tivessem ido a um dicionário, e que tivessem visto que "revelação" vem do radical latino revelatione-. Mas como são profissionais, é evidente que confirmariam isso verificando num dicionário de latim, onde, como está bem de ver, não encontrariam revelatione nem a fazer o pino. É que "revelação" em latim dizia-se reuelatio.

Então porque raio vem no dicionário de português revelatione? Bom, eu acho que qualquer criança de 6 anos sabe, mas eu vou explicar. O latim é uma língua declinada. Isto é: em vez de cada palavra só ter 2 formas, como em português (soldado / soldados: singular / plural), cada palavra pode, em teoria, ter 12 formas diferentes, consoante a função que desempanha na frase. Teoricamente, porque na prática nunca tem mais de 7 ou 8 formas diferentes. Que quer isto dizer? Que se eu quiser dizer "o soldado é fanfarrão", eu digo "miles gloriosus est" (apanharam a piada culta?). Mas se eu quiser dizer "eu vi o soldado", então seria "militem uidi". E se eu quiser dizer "este é o livro do soldado", então ficaria "hic liber militis est". E "eu dei o livro ao soldado é "librum militi dedi". Simples, como vêem, muito mais do que o nosso confuso e ambíguo português. Ora, a cada uma destas formas chama-se "caso", e cada caso (12 no total) tem um nome. Aquele que é mais importante para nós, que é de onde vem o português, é o caso acusativo. No exemplo do soldado, a forma de acusativo é "militem", mas a palavra base é "miles" (caso nominativo). Acontece que, na passagem do latim para o português, o -m final dos acusativos caiu. Por isso dizemos "livro", do acusativo "librum" (nominativo "liber"), com a queda do -m. Portanto, quando os dicionários dizem que, suponhamos, "chão" vem do latim "planu-", estão a dizer, de forma simplificada, que "chão" vem do acusativo latino "planum", com queda do -m final, posterior queda do -n- intervocálico (característica tipicamente galego-portuguesa, como todos sabem) com nasalização compensatória do ditongo resultante, além da evidente passagem de pl- a ch-, que, como é de conhecimento geral, é a solução do pl- latino para o galego-português.

Como isto é de uma evidência cristalina e como todos sabemos que os responsáveis de marketing verificam sempre tudo antes de fazerem sair uma campanha (o macarrónico e hiper-errado "sanum per aqua" das águas Vimeiro foi certamente só para ver se os professores de latim estavam atentos, e o inenarrável "sapore autenticum est" de uma marca de cervejas era obviamente uma brincadeira de mau gosto, ninguém é assim tão ignorante), tem de haver uma explicação lógica e racional para a escolha daquela "revelatione". Resta saber qual. E, já agora, que língua é aquela. Porque, pelo acima exposto, é claro que não é latim. A não ser que fosse um caso ablativo, que de qualquer forma ali não só não se justificaria como estaria errado. Dixi et scripsi.

quarta-feira, agosto 01, 2007

Ah pois deves

Ah pois deves. Ao que parece dois milhões, para ser mais preciso.