domingo, janeiro 14, 2007

Assassinos em potência

Li ontem no Público que a pena de prisão prevista na lei para crimes do género do que o Lampião Luisão cometeu são geralmente substituídas por trabalhos comunitários quando o condenado é uma figura pública. Portanto, a lei portuguesa tem dois pesos e duas medidas: o cidadão comum pode ir para a cadeia durante um ano ou pagar 240 dias de multa, se for apanhado com 1,33g de álcool no sangue, além de ficar sem carta num mínimo de 3 meses; uma figura pública não, limita-se a fazer trabalho comunitário durate 40 horas. É este o país onde vivemos. Não sei quem será mais assassino em potência: se o Lampião, que conduzia bêbedo, se os juíses que lhe perdoaram, na prática, o crime.

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