sábado, outubro 13, 2007

O Almeida

Como o sr. Scolari não ia ao balneário, lá deixou o camafeu do Hugo Almeida jogar. Assim o rapaz já se pôde despir à vontade, depois do jogo, sem risco de ferir os olhos ao amigo da Senhora do Caravaggio - ainda me hão-de explicar como é o que Caravaggio, que era gay, tinha uma senhora. A não ser que...(1). Sim, porque eu continuo sem ver outra explicação para ele pôr nulidades como o Morcão Postiga ou anedotas como o Lampião Nuno Gomes a jogar em vez de avançados medíocres, no sentido etimológico da palavra (2), como o dito cujo camafeu. O Hugo Almeida lá fez o que se lhe pedia, que era fazer esquecer a nulidade e a anedota. Convenhamos, não era difícil. Marcou um golito, falhou um ou dois escandalosamente, mas fez melhor do que os outros dois juntos Não que seja grande proeza, mas... Quanto ao jogo, vi-o num bar enquanto ia transcrevendo para o portátil uns manuscritos do século XVII (3). A pouco e pouco fui dando mais atenção aos manuscritos do que à bola, o que diz muito do interesse que me despertou o desempenho da selecção da FPF. Coisas boas, só mesmo o Miguel Veloso, que além de muito bom é também um excelente jogador. Tenho dito.

P.S.: parece que os rapazes (sem o Figo e o Rui Costa, já se podem chamar rapazes) têm a classificação mais segura, e a qualificação para o Euro'08 mais perto. Convenhamos: escândalo seria não o conseguirem, num dos grupos mais fáceis de que há memória na história do futebol português. Mais fácil, assim de repente, só me lembro do de qualificação para o Mundial'06.

-----
(1) Eu sei que não é "o" Caravaggio, que é uma beateira qualquer, mas eu não podia perder a oportunidade de fazer uma piada culta.
(2) Ora tomem lá mais uma culta.
(3) Sai mais uma culta. E vão três.

Sem comentários: